Estatísticas revelam que cerca de 300 mulheres morrem por ano vítimas do câncer de mama em Santa Catarina. Preocupada com a grande incidência, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) patrocina nesta sexta-feira e sábado, 03 e 04 de outubro, a partir das 8 horas, no Plenário da Assembléia Legislativa, um encontro para discutir o avanço da doença no território catarinense. Com o tema “Câncer de Mama na Mulher Jovem”, profissionais de renome nacional levantarão questões como sexualidade, gravidez, tratamento e prevenção. Os direitos das pacientes com o tumor também será tema de discussão. Mulheres portadoras da doença também participarão do encontro, onde farão um relato de suas experiências. Para facilitar o acesso das mulheres aos serviços, possibilitando a realização do diagnóstico precoce, o Centro de Estudos e Pesquisas Oncológicas (Cepon) pretende realizar, no ano que vem, um levantamento do número de equipamentos como mamógrafos, ultra-sons e pistolas para realização de biópsias e saber os locais onde estão instalados. Além disso, mapeará as regiões com maior incidência da doença e a quantidade de profissionais especializados para fazer o atendimento. O objetivo é identificar pólos de referência, auxiliando na realização de exames e no tratamento da paciente, que terá os serviços próximos à sua casa. A preocupação com o câncer de mama é justificada pelos dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A doença atinge uma em cada oito mulheres no Brasil, sendo que os três estados do Sul são os que registram maior incidência e maior números de mortes. No mundo, o tumor nas mamas é o terceiro câncer mais comum, com o registro de 910 mil casos em 1996. Atualmente, esse número já deve ter ultrapassado a casa do um milhão. “Os hábitos de vida dos sulistas são semelhantes aos dos europeus, que também notificam muitos casos de câncer de mama. A ingestão de gordura, o sedentarismo e o uso do cigarro são fatores que contribuem para o aparecimento da doença. Outro motivo da instalação do tumor nas mamas é a falta de preocupação com os exames, que devem ser feitos regularmente”, observa a coordenadora estadual do Programa Viva Mulher, Deise de Carvalho Dias. A recomendação dos médicos é que as mulheres façam, primeiramente, o auto-exame todos os meses. Tocando as mamas, é possível identificar caroços, o que pode significar a presença do câncer. Mesmo fazendo o exame de toque mensalmente, a avaliação do médico é fundamental e deve ser feita pelo menos uma vez por ano. Só um profissional tem condições de diagnosticar o tumor. Os cuidados também devem ser estendidos para a alimentação, que deve ser rica em frutas e verduras, evitando a ingestão de álcool, o uso do cigarro e o ganho de peso.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário