A mamografia é o exame radiológico dos tecidos moles das mamas e é considerado um dos mais importantes procedimentos para o rastreio do câncer ainda impalpável de mama. A sensibilidade da mamografia é alta, ainda que, na maioria dos estudos feitos, sejam registradas perdas entre 10 a 15% dos casos de câncer detectáveis ao exame físico. A sensibilidade da prova é muito menor em mulheres jovens. A mamografia, devido à sua pouca eficácia em mulheres com menos de 40 anos e mais de 70, em termos epidemiológicos e de saúde pública, não deve ser utilizada em programas maciços, e sim ser indicada no seguimento das mulheres de alto risco ou com suspeitas de doenças mamárias.
O rastreamento do câncer de mama feito pela mamografia, com periodicidade de um a três anos, reduz significativamente a mortalidade em mulheres de 50 a 70 anos. Nas mulheres com menos de 50 anos, existe pouca evidência deste benefício. O Instituto Nacional de Câncer recomenda que o Exame Clínico das Mamas - ECM seja realizado a cada três anos pelas mulheres com menos de 35 anos, a cada dois anos pelas mulheres entre 35 e 39 anos e anualmente pelas mulheres entre 40 e 49 anos. As mulheres na faixa etária entre 50 e 70 anos devem submeter-se ao exame anual ou semestralmente, sendo a mamografia indicada em casos suspeitos e de alto risco.
A maioria dos nódulos que aparecem nas mamas são benignos. Os cistos são as alterações benignas mais comuns. São dolorosos e aumentam antes da menstruação. Eles não se transformam em câncer.
Os fibroadenomas também são tumores benignos freqüentes e podem ser tratados facilmente apenas com uma pequena cirurgia, geralmente com anestesia local.
A saída de secreção pelo mamilo pode ser normal. Porém, quando esta saída de secreção é de um lado só, sai sem apertar e é sanguinolenta ou totalmente transparente (como água) , deve ser investigada.
O câncer é um nódulo que cresce rapidamente e geralmente não dói.
A displasia mamaria, ou doença fibrocística, constituem cerca de 13% das queixas das pacientes no consultório, a qual reflete um condição clinica representada por dor e espessamento mamário. Embora de etiologia desconhecida, pode estar relacionada com fatores hormonais.
Constatou-se que em pacientes com mastalgia e presença de cistos, alteração do perfil lipídico, com elevação de gorduras saturadas e redução dos ácidos graxos essenciais, esta relação aumentada leva à uma condição de aumento da sensibilidade hormonal aos estrogênios (Cláudio da Silva, 1997)
Há diversas características comuns entre o quadro da displasia mamária e o câncer de mama, sendo que algumas evidencias sugerem a com displasia, apresentam grande incidência de câncer de mama.
Alguns estudos têm demonstrado que há diversos agentes que podem ser considerados carcinogênicos, entre eles os radicais livres originários do próprio metabolismo celular.
Estes radicais, ou produtos reativos do oxigênio podem reagir diretamente com elementos celulares, inclusive com a cadeia de DNA, provocando alterações gênicas, e desencadeando desta forma os tumores.
O interesse da quimioprevenção do câncer tem crescido muito nos últimos anos, com a pesquisa crescente de agentes capazes de inibir o aparecimento de tumores induzidos pelos produtos reativos de oxigênio
quarta-feira, 23 de abril de 2008
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